Para que serve o vodu?

10:31


Essa prática religiosa, que surgiu na África, consiste em agradar e louvar seres espirituais para obter pedidos como saúde, dinheiro e amor


Para pedir proteção, afastar inimigos, alcançar o amor ou o sucesso financeiro e profissional. O vodu é muito mais que um boneco com alfinetes espetados. Trata-se de uma prática religiosa, na qual os seguidores entram em contato com o mundo espiritual para pedir orientação e resolver problemas do dia a dia. Os rituais e os nomes dos deuses variam bastante, mas a essência é bem parecida com a do candomblé do Brasil. Isso porque essas crenças surgiram na mesma época e na mesma região da África: no século 4 a.C., na faixa de terra que hoje vai de Gana até a Nigéria. Com a migração forçada de escravos para as Américas, cada região desenvolveu variações da matriz africana.

Nos ritos africanos

Conheça os diferentes tipos de vodus e os rituais de oferenda que podem envolver matança e sangue
Mulheres no comando
As cerimônias de batizado, casamento e funeral são regidas por sacerdotisas. Assim como no candomblé, é comum as mulheres liderarem as casas e delegarem aos homens funções como tocar tambores
Mortos escravizados
Alguns sacerdotes, os bokors, podem trazer mortos de volta à vida como uma forma de punição. Eles desenterram o defunto e o invocam. O morto pode viver por dois dias para cumprir tarefas – desde matar alguém a ajudar em serviços (essa crença deu origem aos zumbis do cinema). Para que o defunto cumpra as tarefas, o sacerdote ameaça atormentar sua alma. Depois, o corpo do morto é queimado para que não se torne escravo de novo
Seres da força
Os seguidores do vodu acreditam na existência de voduns (ou loas) – seres espirituais. Eles representam as forças da natureza. Para fazer contato, é preciso agradar as entidades com alimentos ou bebidas (os despachos). Também é possível ter contato direto quando os voduns incorporam no corpo de médiuns
Louvor aos espíritos
Existem rituais específicos para cada tipo de loa e para diferentes objetivos: sucesso no trabalho, saúde, amor, proteção, vingança etc. Cada família louva seus próprios ancestrais. A homenagem pode envolver a construção de altares e até cerimônias com música e incorporação
Legumes ou sangue
Cada vodun recebe uma oferenda: pode ser um prato preparado com vegetais ou o sangue de algum animal.
Nesse caso, o fiel procura o sacerdote, que coordena o ritual para matar o bicho (galinhas, cabras, bodes e até bois) do jeito certo: cortando o pescoço e deixando o sangue correr sobre a comida ofertada. O animal sangra até morrer. O coração e o fígado servem de oferenda e o resto é aproveitado em almoços com a comunidade
Matança ao vivo
Durante as cerimônias, que costumam ser abertas à população, os médiuns são incorporados por espíritos, que conversam com as pessoas e recebem as oferendas. Em alguns casos, as entidades podem matar animais, mastigar a carne e tomar o sangue durante a celebração
Boneco espetado
Os famosos bonecos de vodu são como amuletos e atraem sorte, saúde, dinheiro, amor… Eles são decorados com diferentes cores, dependendo do pedido da pessoa, e devem ser colocados em uma estante dentro de casa. Diante dele, o fiel deve repetir seu pedido todos os dias. O boneco pode até ser usado para afastar alguém, mas espetar agulhas não faz ninguém sentir dor. A lenda foi disseminada pelo cinema e por quem não conhece a religião
Contato direto
Os espíritos que aparecem nos rituais dão recomedações para que a família consiga o que busca. Quando indicam que o filho tome um banho de ervas, por exemplo, é fundamental que ele cumpra – caso contrário, o pedido não se realiza e a tarefa será bem mais complicada na próxima vez
FONTES Livros Tell My Horse: Voodoo And Life in Haiti And Jamaica, de Zora Neale Hurston; The Voodoo Encyclopedia, de Jeffrey E. Anderson

Cinema

13 Melhores Atrizes de Hollywood (Era Classica)

13:25

A era de ouro de hollywood ainda é relembrada com muita saudade. É nesta saudosa era que a história do cinema ganha força e emplaca de vez. Esta era não é aclamada apenas pelos maravilhosos filmes lançados, mas também pelas atuações incríveis de muitos profissionais artistas da época e hoje aqui no Algumas Coisas vamos fazer um top 10 das melhores atrizes da era clássica de hollywood.  Lembrando que esta era começa em 1930 e termina com a decadência do clássico nos anos 60.


13 - Mary Pickford



Esta é uma menção honrosa. Ela estava fazendo isso antes mesmo do cinema clássico. Sua carreira começou e decolou no cinema mudo. Além de atuar ela também posteriormente entrou na área de produção cinematográfica. Embora Mary não tenha conseguido se adaptar ao  estilo de atuação com falas, afinal sua maneira de atuar era a mais caricata e passional possível vinda dos primeiros anos do cinema, todavia, ela tem seu legado e importa muito. Começou sua carreira ainda jovem no teatro onde conseguiu chamar atenção de David Grifith. Fez mais de 200 filmes e maioria deles ainda no cinema mudo. Possuí apenas duas estatuetas do Oscar uma delas de melhor atriz por CounCourt em 1930 e uma honorária pelos seus trabalhos e influência no cinema.

12 - Marilyn Monroe 



Ela se destacou por sua vida pública, romances, carisma e sim seu talento. Durante sua carreira a atriz foi muito objetificada e subestimada. Sua carreira se limitou muito a comédia, mas se mostrou excelente no que fazia. Monroe já comprovou seu talento atuando em dramas e suspenses durante um tempo da sua carreira onde desejava mostrar que era capaz. O público não gostou muito e os grandes diretores acharamelhor a diva continuar com as comédias, mas ainda sim ela se solidificou como o maior nome de sua época imortalizando sua carreira e conquista sendo assim jamais esquecida. O Pecado Mora ao Lado e Os Homens Preferem as Loiras são suas obras mais lembradas.

11 - Sophia Loren


A italiana considerada a mulher mais sexy de seu tempo ostentava além das coxas grossas e belo corpo um talento incrível para atuar. Sophia pode ser considerada a última grande musa e diva do época de ouro de hollywood. Sua carreira tomou rumo depois de um concurso de beleza frustrado e a vontade de entrar para aulas de teatro. Depois de algumas peças ela foi chamada para o elenco de Quo Vadis com apenas 15 anos.  Ela brilhou em A Favorita e Aida, entretanto, foi em Nápoles que o sucesso bateu em sua porta e ela deslanchou. Nos anos 60 ela brilhou com sua aclamada atuação em Duas Mulheresonde ganhou seu oscar de melhor atriz e um canes de melhor atriz. A Queda do Império Romano e Casamento a Italiana são seus maiores sucessos comerciais.

10 - Audrey Hepburn


A britânica se destacou em a Princesa e o Plebeu e depois disso não quis parar mais. Com sua maneira leve e delicada de atuar conquistou inúmeras críticas positivas ao longo de sua ilustre carreira no cinema. Sabrina, Cinderela em Paris, Guerra e Paz, Bonequinha de Luxo, Minha Bela Dama e Charada são seus maiores sucessos.

9 - Vivien Leigh


Suas aparições no cinema foram relativamente poucas, mas marcantes o suficiente a ponto de ter vencido o Oscar de melhor atriz duas vezes: a primeira por interpretar Scarlett O'Hara no drama...E o Vento Levou, de 1939, e a segunda pela atuação em outro filme dramático, Uma rua chamada pecado, de 1951, onde interpretou o papel de Blanche DuBois, a mesma personagem a qual deu vida nos palcos do West End, em Londres. Vivian frequentemente fazia colaborações com seu marido, o também ator, e diretor Laurence Olivier. Durante mais de trinta anos como atriz de teatro, ela se mostrou bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.

8 - Greta Garbo


De origem sueca Greta debutou no cinema mudo em um filme publicitário, mas em 1930 entrou deslanchou de vez nas telas se tornando uma lenda. Greta sempre foi muto misteriosa e sempre muito reservada, apesar de rumores de uma suposta relação lésbica co.m  Marlene Dietrich. Ela era tão popular que seu estilo reservado, simples, sútil e levemente masculinizado tornou-se tendência durante os anos 30.

7 - Marlene Dietrich 



A Alemã inciou sua carreira no show business e em palcos com stand up e logo passou para o teatro. Não demorou até que ela fosse chamada para os filmes mudos e em seguida estrelasse em hollywood. Com sua imagem exótica e glamourosa se reinventou diversas vezes na sua forma se atuar mostrando a sua versatilidade e talento. Desejo, Marrocos e o Expresso de Xangai são seus mais memoráveis trabalhos.

6 - Julie Andrews


Multitalentosa a britânica podia dançar, cantar, atuar, dirigir, declamar, escrever e compor e isso não é tudo é multipremiada também, possuí oscar, globo de ouro, emmy e grammy. Ela se destacou em seus musicais A Noviça Rebelde e Mary Popins. Começou sua carreira no teatro e foi indicada ao tony duas vezes. Versátil chegou a trabalhar com o mestre do suspense Alfred Hitcock.

5 - Elizabeth Taylor 


A audaciosa Liz Taylor iniciou sua carreira em 1940, mas foi nos anos 50 e 60 que sua popularidade chegou ao auge. Sua vida marcada por escândalos amorosos e invasão de paparazzis Liz chamava atenção pela forma expressiva de atuar. Cleópatra com certeza é seu maior sucesso. No seu tempo foi considerada a mulher mais bonita do mundo.

4 - Joan Crawford 


Joan começou sua carreira como dançarina viajando com companhias teatrais antes de estrear como corista na Broadway  e logo foi pro cinema mudo de lá disparou. Chegou a ser a atriz mais bem paga de Hollywood e esteve no topo da preferência dos diretores durante os anos 30. Nos anos 40 sua carreira atingiu limites em Alma em Suplício. Nos anos 50 viu sua carreira ir do céu ao chão e pensou que sua carreira estivesse acabada, mas conseguiu se reerguer em What Even to Happen to Baby Jane que revolucionou a história do cinema.

3. Ingrid Bergman


Embora Ingrid tenha embalado as produções mais badaladas da era dourada hollywodiana; Casablanca, Interlúdio, à meia luz, Joana D'ar, Quando  Fala o Coração,  Anastácia; foi no cinema europeu que a diva foi mais valorizada. Stramboli e Europa'51 são bons exemplos, mas nada se compara ao seu trabalho com o majestoso (vulgo um dos melhores diretores da história do cinema) Ingmar Bergman em Sonata de Outono. Ao lado da atriz também sueca Liv Ullman (esta uma das maiores atrizes que cinema já viu) ela dá um show de atuação e convence no seu papel de mãe narcisista. Perfeição que fala né?

2 - Bette Davis



Nos anos 30 houve Bette Davis e isso era como ter Venus na terra. Reconhecida por seu estilo forte e intenso. Ganhou uma reputação de perfeccionista muito combativa, sendo que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas eram frequentemente noticiados pela mídia. Viu sua carreira morrer na década de 50, mas What Even To Happen To Baby Jane salvou sua carreira que depois disso ainda ficou muito marcada e sendo um ícone da cultura pop. All About Eve, What Even To Happen To Baby Jane, Marked Woman, Of Human Bondage, Jezabel, Dangerous, The Latter, Hush Hush e The Walles of August (este de 1987) são seus maiores sucessos.

1 - Katherine hepburn


Sua carreira durou por mais de 60 anos e ela foi da comédia passando pelo drama e terror até chegar ganhou 4 vezes o oscar de melhor atriz e foi eleita a maior atriz de todos os tempos diversas vezes. Depois de fazer sucesso em Morning Glory ela fracassou em diversos filmes na década de 30, mas foi na década de 4 que ela absolutamente deslanchou e se tornou um fenômeno aclamado pelo pública e crítica em tudo que fazia.

Mundo Animal

Qual é a diferença entre gazela e veado?

20:27

Existem várias diferenças. Para começar, as gazelas pertencem à família Bovidae, enquanto os veados fazem parte da Cervidae. A diferença fundamental entre as duas famílias está no “troféu” que enfeita a testa dos animais. Os cervídeos têm chifres que caem todos os anos e são trocados por outros. Essas galhadas normalmente também se dividem em várias direções. Já os bovídeos têm cornos que duram a vida toda e, em geral, sem ramificações. Outra diferença é que as gazelas só são encontradas na África em regiões isoladas da Ásia. Já os veados – nome genérico de cerca de 40 tipos de cervídeos – são originários de todos os continentes, exceto da Oceania. Confira nestas páginas exemplos de espécies que pertencem a essas famílias.
Ordem artiodactyla

Ordem que reúne os mamíferos com cascos e, geralmente, número par de dedos nas patas. Aqui estão as gazelas e os veados, mas também camelos, hipopótamos, porcos…

FAMÍLIA CERVIDAE
Nessa família entram as espécies com galhadas na cabeça – chifres que se renovam anualmente e são divididos em ramificações. Exemplos: veados, renas, alces e corças.

VEADO-CAMPEIRO (Ozotoceros bezoarticus)
COMPRIMENTO – 1,40 m
PESO – 40 kg
ONDE É ENCONTRADO – Brasil, Paraguai, Uruguai, Norte e Centro da Argentina e Leste da Bolívia
Um dos cervídeos mais populares do Brasil, o veado-campeiro é ágil e veloz, podendo atingir 70 km/h. Tem chifres de três pontas que chegam a medir 30 cm de comprimento. Está ameaçado pelas queimadas, pela caça e pela destruição de seu habitat.

RENA (Rangifer tarandus)
COMPRIMENTO – 2,20 m
PESO – 318 kg
ONDE É ENCONTRADO – Canadá, Alasca, extremo norte dos Estados Unidos e norte da Europa e da Ásia
Entre todos os cervídeos, é a única espécie em que a fêmea também tem chifres. Chegada numa viagem, a rena faz migrações anuais de até 5 mil km! Ela possui excelente olfato, que permite encontrar tufos de grama enterrados sob densas camadas de neve.

ALCE (Alces alces)
COMPRIMENTO – 3,10 m
PESO – 825 kg
ONDE É ENCONTRADO – Canadá, Alasca, extremo norte dos Estados Unidos, norte da Europa e da Ásia
Meio desengonçado, o alce é o maior cervídeo do mundo. É um animal solitário, e as fêmeas ficam muito agressivas quando estão com filhotes. Apesar do enorme tamanho, é um bom nadador e muitas vezes entra na água para se alimentar de plantas aquáticas.

CORÇA (Capreolus capreolus)
COMPRIMENTO – 1,50 m
PESO – 50 kg
ONDE É ENCONTRADO – Europa e norte do Irã
O menor cervídeo da Europa é um bicho solitário, de porte elegante e cara de “bonzinho”. As galhadas, presentes só nos machos, caem no outono e crescem de novo na primavera. No verão, os chifres são usados pelos machos nas disputas por fêmeas
FAMÍLIA BOVIDAE
Os bovídeos têm cornos com uma estrutura definitiva na cabeça. Animais de algumas espécies – como gazelas, impalas e gnus – são chamados genericamente de antílopes

GAZELA-DE-THOMSON (Gazella thomsonii)
COMPRIMENTO – 1,20 m
PESO – 30 kg
ONDE É ENCONTRADO – Em três países africanos: Sudão, Quênia e Tanzânia
Entre as 16 espécies de gazela, a gazela-de-thomson é uma das que têm maior população. Ela tem listras pretas na face e na lateral do corpo, o que a ajuda a se camuflar nas estepes africanas para escapar dos predadores.

IMPALA (Aepyceros melampus)
COMPRIMENTO – 1,50 m
PESO – 65 kg
ONDE É ENCONTRADO – Leste da África
Para fugir de leões, leopardos e hienas, os impalas são capazes de dar saltos de 9 m de distância e 3 m de altura! Os pulos desordenados e frenéticos são uma estratégia eficiente para confundir os predadores na hora de uma perseguição.

GNU (Connochaetes taurinus)
COMPRIMENTO – 2,40 m
PESO – 275 kg
ONDE É ENCONTRADO – Na África, do Quênia ao sul de Angola e norte da África do Sul
Robusto e com cara de poucos amigos, o gnu é um animal territorial e briguento. Ele vive em grandes manadas, que podem chegar a 400 mil indivíduos! É conhecido por fazer longas jornadas migratórias em busca de alimento e água.

KUDU (Tragelaphus strepsiceros)
COMPRIMENTO – 2,45 m
PESO – 315 kg
ONDE É ENCONTRADO – Na África, numa faixa que vai do sul do Chade à Somália e à África do Sul
Exceto na época de acasalamento, o kudu vive em grupos formados apenas por machos (dois a dez indivíduos) ou fêmeas (um a três animais e mais os filhotes). Pouco agressivo, o kudu foi duramente caçado por causa de sua carne e de seus belos chifres

Cultura

Quem são as Wiccas e Bruxas do mercado Fonográfico?

19:04

Nomes como Enya, Björk e muitos outros vão aparecer na lista.


Stevie Nicks 


Vulgarmente conhecida como Rainha Reinante do Rock N’ Roll (que fique claro que Tina Turner também é conhecida como rainha do Rock), a icônica Stevie Nicks, vocalista da banda Fleetwood Mac, é não só uma das maiores cantoras de todos os tempos, como também uma das figuras mais perseguidas da década de 80. Quem conhece a música ‘Rhiannon’ ou já viu a cantora performá-la nos palcos, daquele jeitinho característico que os colegas de banda comparariam a um exorcismo, é capaz de especular a motivação dos haters: durante muito tempo Stevie Nicks foi associada à feitiçaria, povoando o imaginário popular como uma suposta bruxinha branca – versão da roqueira, hoje uma senhora de quase 70 anos, que acabou ganhando ainda mais força com a terceira temporada de ‘American Horror Story’, produzida como uma verdadeira ode ao misticismo que sempre existiu em volta dela – e, não por acaso, de várias outras artistas.

Embora tudo sobre Stevie Nicks nos faça lembrar do clássico ‘Jovens Bruxas’, que causou uma verdadeira ruptura no cinema dos anos 90, os boatos nunca foram realmente confirmados. A roqueira, que sempre pareceu gravitar em torno da personagem Rhiannon, negou as acusações sobre suas práticas religiosas uma série de vezes e, na década de 80, inclusive, chegou a se assustar com as perseguições que sofria, dando um tempo das roupas pretas por um breve período, a fim de não incentivar o imaginário popular. Ao longo dos anos, no entanto, a roqueira se permitiu causar algumas reações completamente opostas, como naquela vez, em 1987, quando disse à MTV que “sempre quis ser uma bruxa” em referência ao Halloween ou quando, em um papo de comadres com Lana Del Rey, as definiu como “irmãs bruxas” – um conceito que hoje consegue transcender a ideia de religião pagã para contextualizar também um poderoso e importante gênero musical que, pasmem, está cada vez mais popular.

Se Stevie Nicks se mostrou uma admiradora não praticante de bruxaria, Del Rey por outro lado, já teve lá a sua fase Harry Potter, recorrendo ao poder da magia para derrubar um grande e poderoso vilão. A cantora novaiorquina, que recentemente lançou o excelente ‘Lust For Life’, revelou ter participado de um ritual coletivo para derrubar Donald Trump, o atual presidente dos Estados Unidos, e se engana quem pensa que essa foi a única demonstração de suas práticas pouco convencionais.
Lana Del Rey já demonstrou interesse em grimórios famosos, mostrou que tem um pé na alquimia e metafísica quando colocou uma expressão associada a seitas famosas em sua descrição no Instagram e, não por acaso, costuma falar abertamente sobre suas crenças pessoais em entrevistas, sem medo, aliás, de usar aquela polêmica palavra com a letra w (witch). Mais característico do que a assustadora honestidade de Del Rey, só mesmo o seu último trabalho: ‘Lust For Life’ é um disco sombrio, no melhor estilo gótica suave, que traz, ironicamente, uma participação especial com ninguém mais e ninguém menos que Stevie Nicks, sua igualmente adorável e misteriosa irmãzinha bruxa, por quem Del Rey se derrete em admiração. Lana também já demonstrou aspectos Wicca em muitas vezes em seu visual artístico, como nos álbuns Honeymoon e Ultraviolence. E agora ela está ainda mais ligada à natureza, desde que buscou uma médium que disse à ela que isso a faria se sentir melhor consigo mesma. Todos sabem que para as Wicca a natureza é a representação direta da vida.

Se na mecânica da coisa as duas cantoras parecem divergir, em tudo o mais elas se assemelham, se tornando referências de um estilo e de um conceito que bombou com o lançamento de ‘Jovens Bruxas’ e hoje está de volta, com força total. A neozelandesa Lorde, por exemplo, trouxe com ‘Royals’ todo o combo hollywoodiano daquilo que entendemos como feiticeira: amuletos, peças de veludo, vestidos pretos e uma maquiagem pesada que chegou a ganhar coleção própria nas prateleiras da MAC. Se Lorde tem a imagem, Florence Welch tem a alma que caracteriza o gênero: a ruiva pré-Rafaelita, que se move pelos palcos como uma fada, bradando cortejos à morte, trouxe à música moderna mais daquele velho tom celestial e infernal, da reverência ao pagão e dos conceitos esotéricos e ritualísticos que pautam várias de suas composições.
Florence Welch
Florence em um photoshoot

A surpresa, aqui, não é necessariamente o discurso embutido nas músicas ou o estilo com que as performers se apresentam, mas a maneira como essas musas da música moderna vem os deixando cada vez mais populares. Enquanto Stevie Nicks foi perseguida por uma prática que sempre negou, as meninas modernas confessam abertamente suas influências e continuam, plenas, emplacando hits e mobilizando fãs mundo adentro.
Florence, aliás, era obcecada por bruxaria na infância. Em uma conversa com a revista Nylon, a inglesa revelou sem medo que, embora a sua concepção da morte seja muito diferente daquela que apresenta na letra das canções, já teve um pé na wicca quando criança: Florence compartilhou com as amigas um caderninho de magia e, de acordo com a própria, sonhava em ser uma bruxa de verdade quando crescesse. Juntamente com astrologia, cabala e filosofia, a wicca faz parte da linha de interesses de várias artistas renomadas, que levam essas ideias para os estúdios e palcos – e, muitas vezes, você, ouvinte, sequer desconfia.

Enya também é um grande nome que se pode apostar todas fichas. Afinal, a cantora de New Age (o que já se trata de um estilo inspirado na musica e cultura celta, algo muito presente na cultura Wicca.) sempre está trazendo a mitologia e o amor a natureza em suas musicas. Basta ouvir Enya e assistir seus clipes para dizer sem dificuldade toda sua forma de retratar o estilo wiccano em suas maravilhosas musicas.
Enya
Loreena McKennit também é outra cantora que se assemelha muito à estética wicca. a canção Wiccan Dance demonstra o grande fascínio da cantora para essa cultura maravilhosa. Nasceu no município de Morden, no Canadá. A aquariana do dia 17 de fevereiro traz consigo uma ascendência irlandesa e escocesa. Além de ser cantora de um maravilhoso timbre de soprano, é uma compositora, pianista e harpista deslumbrante. Seu estilo é new age, celta eclético, com tendências do Oriente Médio.


Azaelia Banks é praticante de Witchcraff assumida e só dar uma olhada no instagram dela pra ver todo fascínio que a rapper tem com a religião. Ela admitiu que por três anos fez uso e pártica da Witchcraff o que é incrível. E tudo isso veio à tona num vídeo publicado em 2016 aonde ela diz: "Bruxas reais fazem coisas reais". Seria uma grande shade pras nossas coleguinhas desse post?

Azaelia Banks

 Nostalghia é outra bruxa assumida! E não é difícil de notar isso, nas suas musicas, aparência ou modo de agir. Não há muito o que se especular dela, pois todo seu amor pela bruxaria é exposta em sua arte.
Nostalghia

A cantora Grimes, por exemplo, ficou conhecida não só pelo sincericídio nas redes sociais e pela angústia nas melodias, como também por uma suposta associação com a Witch House, um gênero de música eletrônica que envolve xamanismo, feitiçaria, obras de terror e demais “coisas ocultas”. A artista canadense não se define como parte de nenhuma religião ou grupo, mas não nega, por exemplo, ter usado a fome e a privação de sono durante nove dias para desenvolver o seu terceiro álbum de estúdio – esse, aliás, foi um famoso método de tortura contra as mulheres que foram perseguidas e acusadas de bruxaria ao longo da história.
Aurora outra cantora que também está conquistando seu espaço pela sua maneira de ser e principalmente por abraçar o estilo folk celta (sua versão para Scarbough Fair está na abertura de Deus, Salve o Rei, faixa das 19:30 da Globo). Aurora é Noroeguesa 
Grimes

Aurora
Se a música pop fundasse um coven, cantoras como Björk e Kate Bush também seriam bem vindas. A primeira, saiu da Islândia nos anos 70 para levar suas ideias elevadas sobre astrologia e ocultismo para o restante do mundo, chegando a ser eleita a personalidade mais excêntrica do planeta em 2006. Björk e a ideia de bruxaria, aliás, andam de mãos dadas há bastante tempo: a primeira banda da cantora se chamava Kulk (uma palavra islandesa que significa feitiçaria) e seu primeiro trabalho de atriz foi como a bruxa Margrit no filme ‘Juniper Tree’, um conto dos irmãos Grimm. Na China ela já foi acusada de bruxaria pela imprensa, ao se posicionar politicamente em um show, e em entrevistas ao longo da carreira a própria cantora comentou seu interesse pela astrologia e pelo ocultismo islandês.
Bjork

Kate Bush, a mulher das incontáveis ausências, também não é lembrada por acaso: músicas como a famosa ‘Waking The Witch’ fizeram com que a cantora fosse, simplesmente, reivindicada pelos grupos ocultos como parte deles. Kate não confirma e nem nega tais acusações, seguindo reservada no que diz respeito à sua vida pessoal. Ainda assim, fica a pergunta: será que uma pessoa pode escrever letras complexas em cima do sistema Golden Dawn e cultuar ídolos pagãos sem ter absolutamente nada a ver com o assunto?
Kate Bush
Religião à parte, a bruxaria enquanto influência temática e estética tem uma importância vital na música feminina que nós conhecemos e consumimos hoje, seja por estilo ou por necessidade de romper padrões historicamente machistas. Afinal, como apontou a personagem de Lisa em um episódio de ‘Os Simpsons’, quando mulheres são confiantes e poderosas, elas são automaticamente tachadas como bruxas, o que nem sempre é verdade. Na América do Norte, em seus tempos de colônia, boa parte das mulheres acusadas de feitiçaria, por exemplo, eram perseguidas por desafiar papéis e ideais de gênero prescritos, um discurso de empoderamento que foi abraçado pelas cantoras femininas de uns anos pra cá. Musicalmente falando, as “bruxas” são de vital importância, numa linha que vai de Yoko Ono, em 1974, se declarando como bruxa durante a breve separação de John Lennon; e passa por Courtney Love em 1993, num trabalho que fazia referência direta à ilustre Stevie Nicks e suas músicas muito loucas na Fleetwood Mac. O conceito midiático de bruxaria, aliás, é tão dúbio que Courtney nem precisou de livros de magia ou um caldeirão para alimentar as especulações que surgiram a seu respeito: bastou “enfeitiçar” Kurt Cobain.

Kerli
Kerli é a rainha do pop estoniano e todo mundo sabe de suas práticas de bruxaria, suas fotos respiram. a Cantora e compositora já foi nomeada a estoniana mais influente de todos os tempos. Kerli é bruxa assumida e sente muito orgulho disso. Ela já foi do Do Transhumanismo à Wicca. ela é uma artista tão aberta a tudo... Transhumanismo, alquimia, goticismo, wicca, enfim... Ela é uma cantora que se guia pela força da natureza, que é no que acredita (wicca). Seus trabalhos sempre estão envoltos nestes temas, o que é um diferencial em um cenário musical onde você tem jovens falando de amor e narrando o dia, ou sendo arrogantes com tanto de: “Eu sou, eu posso”. Sem dúvidas, é uma artista com um diferencial nas mangas.
A ideia de que as bruxas de hoje conseguiram transcender a ideia de religião pagã para contextualizar um gênero musical próprio, ganha força, principalmente, quando todas essas artistas polêmicas se conectam de algum jeito. O mais recente trabalho de Courtney Love, a eterna vocalista da banda Hole, por exemplo, é inspirado por Lorde e Lana Del Rey – desta última, aliás, a roqueira é especialmente amiga, vejam só. Este ano Lana foi entrevistada por Courtney para uma revista americana e a apontou como uma de suas compositoras favoritas, a destacando como o ápice daquilo que considera “cool”. Lana também é uma inspiração e tanto para Lorde, que é bastante comparada com a nossa querida Florence Welch. A admiração da neozelandesa pela colega de trabalho é tanta que a música ‘Green Light’ nasceu depois que Lorde assistiu a um show da Florence + The Machine com seu produtor. Admiração também é coisa comum para a cantora Stevie Nicks: além de gostar do som de Lana Del Rey e ser um exemplo para Courtney, é sabido que a a Rainha do Rock ama Kate Bush, com quem chegou a fazer um dueto inesquecível para a música ‘Secret Love’. O pop místico de Bush, inclusive, serviu como base para o trabalho que Florence e Grimes fizeram depois, sem falar de outras artistas, como a australiana Fiona Horne.

Mais Lidas

Postagem em destaque

porque você precisa ver Liv Ullman em tela pra ontem

Liv começou sua carreira no teatro com alguns bons personagens em ótimas peças e não demorou pra que Ingmar Bergman, um dos diretores de cin...

Posts mais vistos